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Mostrando postagens de dezembro, 2008

MINHA MENSAGEM DE NATAL

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Roubando a bela imagem da "Moça com brinco de Pérola" de Vermeer, celebro com os amigos a beleza da vida. Neuza Guerreiro de Carvalho - 2008

OS MEUS NATAIS DE 2008

Como já disse uma vez, esse meu BLOG é também um diário, relatos de pedaços de minha vida. Nas datas especiais sempre há o que contar. E agora é Natal, época de festas, de movimentos inusitados, de contatos entre amigos e familiares. Para mim, Natal é festa de celebração de amizades.Tenho muitos amigos e o prazer seria estar com todos juntos nessa data. Impossível. São perfis diferentes, interesses diferentes e se forem muitos ao mesmo tempo não dá para curtir bem a presença de cada um. Faço então o meu Natal parcelado com grupos distintos, das minhas muitas atividades e centros de interesse, Neste ano foram seis. Seriam sete, mas um gorou. Então, tive seis Natais. No dia 9 de dezembro reuni o grupo bem novo da VivendoCienciArte, da Biomédicas. Foram poucos, dividimos uma macarronada aos quatro molhos, tomamos um vinho e nos deliciamos com as conversas. Estiveram presentes Maria Inês, Nair, Joana, Renê e chegando do estudo Jarlei e Carol. No dia 16 foi a turma da Figueira da Gle

Fotos do Natais de 2008

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1 - Neuza Margarete - Ivanilson 2 - Tiago - Tania - Neuza -Flavio - Bruno e Thais 3 - Victor e Adele 4, 5 e 6 - Grupo do Terron 7 - Grupo Glette - César, Carol (?) Angélica e Neuza 8 - Grupo Semi-Novas - DoCarmo, Marlene, Mércia e Edna 9 - Grupo Vivendo CienciArte (na USP)

MINHA VIDA MUSICAL NO ULTIMO TRIMESTRE DE 2008

O Ano está acabando. Está por algumas horas e tarefas devem ser cumpridas, relatórios de minha vida musical completados. Desta vez o relatório não foi por mês. No mês de outubro a minha freqüência aos redutos musicais da cidade foi pequena. Por conta de uma gripe (?) com direito a uma tosse persistente, quase não fui aos teatros por respeito ao publico Quando fui, fiquei sempre bem atrás para poder sair sempre que não consegui controlar a tosse. Afinal o desconforto passou, mas eu não voltei com a freqüência desejada porque outros compromissos tinham lotado minha agenda. Mas, mesmo assim, em Outubro estive ouvindo a Orquestra Sinfônica Municipal tocando Verdi, e um concerto de clarineta. Saí depois do intervalo porque começo a ter mais cuidado para sair muito tarde e vir sozinha para casa. Mas não perdi o concerto da OCAM com Beethoven pelas mãos divinas de Eduardo Monteiro e a Sinfonia nº 1 sob a regência de Aylton Escobar. Em novembro ouvi muito Tchaikovsky nas aulas do prof.

CONTINHO DE NATAL

Tina acordou sobressaltada misturando pensamentos de um sonho ainda persistente na memória e o que faltava para aprontar para aquele Natal tão planejado. O sonho – mais para pesadelo do que sonho – tinha sido pesado e ela ainda sentia a sensação angustiante. Ela sempre se preocupara com a situação daquele seu sitio que ficava no meio do mato, sem vizinhos próximos e pouca luz. A casa era no alto, uns 100 metros da estrada e quem eventualmente passasse por ela não saberia o que acontecia na casa. Mas, muitos amigos estavam na mesma situação e raramente se ouvia falar de algum ladrão que quase sempre era “pé de chinelo” e roubava miudezas. Tinha chovido á noite e ela aproveitou para ficar um pouco mais na cama. E foi nesse prolongamento do sono que o pesadelo aconteceu. Sonhou um assalto. Eram três os assaltantes bêbados, armados drogados. independente dos latidos dos cachorros subiram até a casa, e desrespeitando velhos e crianças levaram todos os brinquedos que o Papai Noel t

NOSSOS NATAIS

Dos natais de minha infância pouco me lembro. Acho que não tínhamos condições financeiras para grandes comemorações, ou então no nosso meio social e familiar, tudo se resumia a um almoço em que se reunia a família. Troca de presentes? Nada. Me lembraria se houvesse. Acho que só quando nos vimos “família”, os natais se tornaram significativos. Assim que os filhos puderam compreender suas ligações com o ambiente, usávamos a data para maiores comemorações, mais presentes, para criar mais expectativas agradáveis e maior curtição da data (naturalmente pelos presentes e brinquedos). Na minha família, de formação religiosa muito fraca (éramos rotulados de Católicos, mas nossas convicções e freqüência à igrejas se resumiam a pouquíssimas idas à missa, casamentos, batizados e 1ª comunhão como conseqüência normal do contexto) o Natal nunca foi visto com significado religioso. Era uma festa familiar, material no que se referia a presentes e ceias, e como reforço de vínculos de amizade. E contin

NOSSOS QUARTOS: OS "DELE", OS "MEUS", OS "NOSSOS"

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Quem disse que quarto não tem história? Posso até reconstruir a minha vida passando por eles. Não há um quarto preferido. Há quartos com histórias. O primeiro “quarto” de Ayrton adulto foi improvisado. No conjunto alugado para montar seu primeiro consultório tinha uma sala de espera grande. Ayrton fez então uma divisão, delimitando um espaço de aproximadamente 3m por 1,5m. Só cabia uma pequena cama, espaço para levantar, uma mesa e uma cadeira. Espaço mínimo para viver, mas que ele se dispôs a ocupar para que pudesse ficar mais tempo no consultório e não ter mais despesas que as necessárias. Nesse “cubículo” viveu 2 anos. Foi sua cota de sacrifício de início de vida, mas valeu à pena. Dos meus quartos de solteira, do primeiro que me lembro foi, no Brás. Nele ficávamos os quatro: meus pais, eu e minha irmã. Foi nele que passei por uma “nefrite” doença grave na época. Depois, já no Ipiranga, eu e minha irmã ficávamos em um pequeno quarto cimentado, mas quando ela morreu passei para o

HISTORIAS DE ACAMPAMENTOS

Um dia, em 1969, resolvemos acampar. O campismo ainda estava engatinhando e nós achamos que era o modo mais fácil e mais barato de viajar, e o modo de unir mais a família. Custei a entrar no espírito da coisa, mas quando me envolvi foi pra valer. Compramos barraca e todo o necessário. Horas arrumando o porta mala do carro. Nossa primeira barraca era enorme, um verdadeiro circo. Um ambiente de 2x4m, com sobreteto ainda maior de um “avance” minúsculo. Saímos de São Paulo em um final de dezembro e fomos para o sul. O destino era Foz do Iguaçu, mas a primeira parada foi em Cascavel (Pr), no Parque Florestal. Primeira providência: montar a barraca. Onde estava a barraca? No fundo do porta malas, com todo o material – que não era pouco – em cima. Inexperiência lógico. Tivemos que tirar tudo, colocar no barro sob chuva intensa para chegar à barraca. E agora tinha que ser montada. Mais de uma hora, manual na mão, três homens (Ayrton, Flavio e Décio) para dar palpites e segurá-la. Finalmente m

MOÇA NO METRÔ - MEU UNICO CONTO

MOÇA NO METRÔ Vagão cheio. Moça sentada no assento do corredor. Abre a bolsa, grande para conter o mundo. Lá no fundo sapato, documentos, carteira, moedeira, bilhete único, catálogo de telefone, agenda, absorventes íntimos, camisinhas, echarpe vistosa, bijuterias brilhantes ou menos brilhantes, um “nécessaire”. Um caos. Moça de boa aparência, branca, entre 25 e 30 anos, não muito bonita, fora dos padrões da moda, meio gordinha, mais baixa do que alta. Mas, tem a seu favor uns olhos azuis de safiras.. Cabelos ainda molhados, descuidados. Cara lavada. Expressão preocupada às vezes absorta, às vezes pesada, outras sonhadora, com riso apontando. Olha o relógio, se agita, preocupa-se e pega na bolsa grande e aberta a “nécessaire”: base. Blush, sombra, baton, delineador e um espelho grande, de tamanho suficiente para que ela se veja de rosto inteiro. Começa o ritual sem o menor constrangimento. Não se importa se desperta curiosidade. Está na dela, alheia à multidão que a circunda. Sabe q